Dady não aparece no Restelo para treinar desde sábado e esta tarde falhou, inclusive, a apresentação da equipa para a nova temporada. O Belenenses não consegue contactar o avançado cabo-verdiano desde então, mas foi surpreendido com um telefonema do presidente do Sindicato de Jogadores, Joaquim Evangelista, na noite de ontem. Nessa conversa, Cabral Ferreira ficou a saber que Dady só dialoga com o clube na presença de um advogado.
A ausência de Dady motivou uma conferência de imprensa após o jogo de apresentação com o Al-Arabi, na qual o presidente dos azuis tentou clarificar a situação, que os apanhou desprevenidos.
«Como é do conhecimento de todos, Dady tem contrato válido com o Belenenses por três épocas. Estamos a assistir a uma tentativa de aquisição hostil feita por um grupo de pessoas e liderada pelo Sindicato de Jogadores», começou por dizer Cabral Ferreira.
«O Sindicato não permite que o jogador fale com a sua entidade patronal e opina que o presidente do Belenenses não pode falar com o presidente do clube que está interessado em Dady», reclamou o dirigente, que admitiu que na «próxima semana» vai reunir-se com o presidente do «único clube que até hoje apresentou uma proposta concreta para a aquisição de Dady».
No contrato do atleta, como esclareceu Cabral Ferreira, não existe uma cláusula de rescisão e sim uma cláusula penal, que implica que em caso de rescisão do jogador sem justa causa este terá de ressarcir o clube em 3,5 milhões de euros. Dady estará, assim, a tentar rescindir unilateralmente.
«Não se percebe que o Sindicato, sendo um parceiro da Liga, actue contra e viole o contrato de trabalho que acordou com a Liga. Que interesses estão por trás destas posições? O Sindicato quer determinar para onde vão os jogadores sindicalizados? Ou passou a ser empresário de jogadores?», questionou o presidente do Belenenses.
Cabral Ferreira garantiu que o clube «nunca faltou com nada em relação ao Dady», que aquele não tem ordenados em atraso e que «foi sempre bem tratado», pelo que não compreende porque o Sindicato não permite o contacto com Dady sem ser na presença de um advogado.
«Os adeptos podem estar descansados que os interesses do Belenenses vão ser defendidos, como foram no caso Mateus e no licenciamento do estádio», assegurou.
O
Maisfutebol tentou contactar o presidente do Sindicato, Joaquim Evangelista, sem, no entanto, sucesso, até ao momento, tal como Dady.
Belenenses
12 ago 2007, 21:59
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Cabral Ferreira aponta dedo ao Sindicato, por impedir contacto com jogador
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