Tito Vilanova deu nesta sexta-feira a sua primeira conferência de imprensa desde que regressou de Nova Iorque, onde se submeteu a tratamento a um tumor. O treinador do Barcelona garante que se sente com «forças e vontade» para continuar na próxima época. O treinador rejeitou de resto a ideia de que a equipa esteja em fim de ciclo, defendida por muitos depois da derrota em Munique (0-4) na primeira mão da meia-final da Liga dos Campeões.

«Estou bem. Não vim antes porque o tratamento tinha efeitos secundários», começou por dizer Vilanova: «Quanto à continuidade, sinto-me com forças e vontade para continuar na próxima época. Em nenhum momento pensei em ir-me embora. Quanto tenho dois dias livres aborreço-me. Esta é a minha vida e não sinto qualquer pressão.»

Também diz que se manteve ligado à equipa rejeitou a ideia de que a equipa tenha estado em autogestão na sua ausência: «Se havia autogestão há aqui grandes treinadoers, porque coincidiamos nas substituições...» Mais a sério, o que se passou neste clube foi muito complicado. Teria aceite qualquer decisão da direção. Mas há aque agradecer a estes jogadores, que nos deixaram em grande posição na Liga e nos levaram às meias-finais da Champions.»

Quanto à ideia de fim de ciclo, Vilanova rebate-a assim: «Estão sempre a dizer isso. Em alta competição ganhar é sempre muito difícil e o Barça conseguiu-o durante três anos. No ano passado não ganhámos nem a Liga nem a Champions. Se ganharmos esta Liga somaremos quatro títulos em cinco anos. Chegámos seis vezes às meias-finais da Champions. Não creio que haja um fim de ciclo.»

Por fim, o treinador não quer alimentar muito a ideia de «remontada» com o Bayern Munique, mas também não dá a meia-final por entregue: «Não seria crível dizer que vamos dar a volta, mas temos obrigação de competir e de sermos capazes de ganhar. Às tantas marcamos dois golos na primeira parte e não se sabe o que pode acontecer depois. Não me apetece atirar a toalha.»