Tudo parecia encaminhado para mais uma vitória de Max Verstappen este domingo, mas o Grande Prémio da Áustria, 11.ª prova do Mundial de Fórmula 1, teve um final de loucos.

O neerlandês, que corria em casa, no Red Bull Ring, estava a ter um fim de semana de sonho e liderou grande parte da corrida, contudo, a colisão com Lando Norris (McLaren) retirou os dois pilotos do topo e abriu caminho ao triunfo de George Russell (Mercedes). 

O tricampeão mundial largou da primeira posição da grelha de partida e logo no arranque começou a distanciar-se de quem o seguia.

A corrida só ganhou interesse a partir do momento em que Verstappen se começou a queixar dos pneus duros, apesar de nessa altura ter mais de sete segundos de vantagem sobre Lando Norris (McLaren).

Na 51.ª volta, Verstappen foi às «boxes» e trocou para médios, mas Norris aproveitou para fazer o mesmo e saiu a ganhar, já que a paragem da Red Bull foi demorada. O neerlandês apercebeu-se disso rapidamente e lamentou-se de imediato, tendo protagonizado uma travagem brusca à saída.

Norris continuou a insistir para aproximar-se de Verstappen e chegou mesmo a ultrapassar o tricampeão do mundo, mas excedeu os limites da pista. Apercebendo-se que não iria escapar a uma penalização, Norris deixou que Verstappen reassumisse a liderança.

Norris queixava-se que Verstappen estava a mover-se em demasia na zona de travagem, enquanto o neerlandês atirava as culpas para o britânico. Como resultado, os dois colidiram na volta 64 e ambos os carros ficaram com vários danos. Norris teve mesmo de abandonar, enquanto Verstappen ainda continuou a correr depois de uma paragem nas «boxes». Ainda assim, o piloto da Red Bull não se livrou de uma penalização de dez segundos.

Perante este cenário, aproveitou Russell, que ficou com caminho livre na frente e deu a vitória à Mercedes, algo que não acontecia desde novembro de 2022. Oscar Piastri (McLaren) terminou na segunda posição, a 1,906 segundos, enquanto Carlos Sainz (Ferrari) fechou o pódio, a 4,533.

Apesar de ter falhado a vitória, Verstappen ainda tem motivos para sorrir: concluiu na quinta posição e ganhou terreno aos rivais, ao alargar a vantagem no Mundial de pilotos. O neerlandês tem agora  237 pontos, mais 81 do que Lando Norris e mais 87 do que Charles Leclerc (150), que terminou em 11.º, após uma corrida em que parou quatro vezes nas «boxes».