Ian Herbert, repórter do jornal inglês «The Independent», estava a fazer reportagem sobre o Mundial-2014, em «tour» promovido pelo próprio governo brasileiro, mas teve experiência infeliz: foi assaltado, quando estava a passear na praia de Copacabana com quatro colegas, por um grupo seis homens armados.

Foram furtados telemóveis e dinheiro dos repórteres: mais um assalto na cidade grande, pão nosso de cada dia no Rio e em muitas outras cidades brasileiras.

Apesar de experiência tão negativa, Herbert publicou reportagem com alguns aspetos positivos, entre vários sinais de alerta sobre o que poderá passar-se no Brasil, nos meses de junho e julho: «Haverá muito caos à frente (durante a Copa), e uma das penúrias será a criminalidade. A caminhada que fez este correspondente com mais quatro colegas às duas horas da madrugada na praia de Copacabana provou ser uma má ideia - e talvez ingénua - quando meia dúzia de jovens surgiram do nada, exigindo relógios e dinheiro. Depois, foram embora».

Depois de descrever o assalto, Herbert prossegue: «Mas isso não significa que a Copa do Mundo não vai funcionar. (...) O torneio que está para começar talvez tenha imperfeições, mas ficará na memória por muito tempo».

De acordo com o texto do «The Independent», o Brasil é um país em desenvolvimento, com uma jovem democracia, um povo otimista e cordial e com sérios problemas de infraestruturas, mas em processo de crescimento e modernização.

Sobre a visita a Manaus, cidade da Amazónia que acolherá o Inglaterra-Itália a 14 de junho e também o Portugal-EUA, a 22 dejunho, o repórter inglês descreve: «O novo terminal do Aeroporto de Manaus, por onde dois mil adeptos ingleses irão chegar para assistir à partida contra a Itália, ainda não está pronto. Mesmo numa tarde normal como a da última quinta-feira, havia uma abafada fila de espera de 45 minutos para fazer o check-in».

Faltam 78 dias para o arranque do Mundial-2014.