Depois de uma primeira parte fraca, em que o Arouca dominou e só se pode queixar de si próprio pela falta de golos, o Marítimo acordou na etapa complementar, a tempo de somar o segundo triunfo consecutivo na Liga. Um ótimo tónico depois do período terrível com cinco derrotas de enfiada.
A entrada dos maritimistas na segunda parte foi forte e culminou com o golo de Sami, os da casa ainda chegaram ao empate, num golo instantâneo de Serginho, mas, com um homem a menos, acabaram por consentir o bis ao verde-rubro.
Foi a sexta partida seguida para o campeonato sem ganhar para Pedro Emanuel e a equipa afunda-se cada vez mais no último lugar, uma semana antes de visitar o Estádio da Luz.
O Arouca até foi dono do jogo da primeira parte, criou algumas oportunidades, mas revelou sempre grandes dificuldades no último terço do terreno, aliada a alguma desconcentração. Só assim se explica que a equipa possa ter caído em fora-de-jogo na marcação se um simples canto…
Ou que David Simão, com caminho aberto para a baliza, depois de uma saída em falso de Wellington, tenha desperdiçado a força do remate no relvado, para desespero dos adeptos locais.
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Ceballos liderou, como sempre, a revolta, mas não pode fazer tudo. A cerimónia em frente à baliza valeu o nulo ao intervalo, perante um Marítimo expectante, a espreitar o contra-ataque, embora mal. Se os arouquenses estavam mal na finalização, os insulares nem a esse ponto chegavam.
Ter o terceiro melhor marcador do Campeonato dá muito jeito, o pior é quando as bolas não lhe chegam. Além disso, Pedro Martins viu-se cedo forçado a «queimar» uma substituição, lançado Danilo Pereira para o lugar de Theo Weeks.
Ainda assim, os madeirenses conseguiram equilibrar as forças com o aproximar do final da primeira metade do jogo, domínio quebrado apenas por uma iniciativa de Pintassilgo, que só não fez um chapéu a Wellington porque o brasileiro é muito alto e desviou para canto num golpe de rins.
A subida de produção do Marítimo foi confirmada logo no reinício do jogo, com o golo de Héldon, já depois de cinco minutos de assédio á baliza de Cássio. Aquilo que os da casa não tinha logrado em 45 minutos, fizeram os insulares em muito menos tempo.
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A reação arouquense foi rápida e deixou o árbitro Jorge Sousa de orelhas a arder, quando fez vista grossa a um braço de Gegê na área, impedindo que o cruzamento de Pintassilgo chegasse a Bruno Amaro.
O Marítimo conseguia manter o perigo fora da sua área e até encostava o adversário lá atrás, com uma série de cantos, até que, num contra-ataque, o recém-entrado (menos de um minuto) Serginho, isolado por Roberto, bateu Wellington sem apelo nem agravo.
Mas quando os da casa tentavam a cambalhota total no marcador, Miguel Oliveira, em tarde de estreia como titular, viu o segundo amarelo e deixou a equipa a jogar com 10. A partir daqui, diminuíram drasticamente as possibilidades de dar volta ao texto.
Aproveitou o Marítimo que, de novo por Héldon, se colocou outra vez na frente do marcador. Ainda havia um bom bocado para jogar até ao fim, mas a alma da equipa de Pedro Emanuel, mesmo depois de o adversário também ter ficado reduzido a 10, não chegou.
Liga
1 dez 2013, 17:59
Arouca-Marítimo, 1-2 (crónica)
Insulares acordam a tempo de levar os três pontos
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