Marcial Maldonado, polícia que no passado domingo atingiu com um disparo à queima-roupa o futebolista Carlos Azcurra, durante uma partida da II Divisão argentina, pediu perdão à família da vítima pelo seu acto.
«Matar alguém foi o que menos desejei fazer. Foi um incidente, têm de entender isso, por favor», afirmou Maldonado em lágrimas. O cabo da polícia revelou que também está a passar por um momento de profunda dor: «A minha dor por tudo o que se passou não se pode descrever. Não sei como fazê-lo. Perdoem-me, porque eu entendo o seu sofrimento».
A mulher de Maldonado também veio a público revelar a sua preocupação pelo estado de saúde de Azcurra, aproveitando ainda para salientar o carácter integro do seu marido, segundo ela «um homem às direitas e tranquilo».
Azcurra está a recuperar favoravelmente dos ferimentos sofridos no pulmão direito e no fígado, segundo o boletim médico divulgado esta terça-feira, permanecendo ainda assim com «diagnóstico reservado». O atleta argentino já respira sem ajuda artificial mas ainda permanece nos cuidados intensivos do hospital Lagomaggiore de Mendonza.
O incidente ocorreu no relvado, durante o encontro em que o San Martin recebeu o Godoy Cruz, quando os polícias se envolveram numa discussão com os jogadores da casa que tentavam impedir que os agentes da autoridade disparassem balas de borracha sobre os seus adeptos que se encontravam a criar distúrbios na bancada.