O presidente da FIFA, Joseph Blatter, considerou o escândalo de corrupção invstigado na Alemanha um «sinal de alerta» para todo o futebol internacional e disse que o assunto será abordado pelo comité executivo da FIFA.
Blatter defende que a questão, alimentada pelas confissões do árbitro Robert Hoyzer, não é apenas uma questão interna da Alemanha: «Não acredito que, quando um árbitro) se vê envolvido num caso de suborno, deva abordar-se somente como um problema nacional, mas também compete à FIFA analisá-lo», afirmou.
O dirigente revelou ainda que o comité executivo da FIFA vai analisar o processo na sua reunião de 07 e 08 de Março, em Zurique e defende mesmo que esse será o «ponto mais importante» do encontro.
Hoyzer, figura central do processo de manipulação de resultados dos jogos sob investigação policial, foi detido sábado, por o Ministério Público de Berlim ter considerado que existia perigo de fuga.
Acusado de «cumplicidade em oito casos de fraude», Hoyzer admitiu a manipulação dos resultados de quatro jogos (um da Taça da Alemanha, um da segunda e dois da terceira divisões), por ordem de um grupo de apostadores croatas, que o tinham sob ameaça.
A Procuradoria tem agora a suspeita de que já antes de 2004 Hoyzer teria praticado delitos similares aos que agora lhe são imputados, e pelos quais poderá sofrer uma condenação de prisão que poderá ir até aos 10 anos.
Além de Hoyzer encontram-se em prisão preventiva no âmbito deste processo o dono de um café de apostas em Berlim e dois trabalhadores do mesmo estabelecimento.