Pinto de Sousa, presidente do Conselho de Arbitragem da Federação, é o detido que pode enfrentar a acusação mais pesada, de entre os 20 para já envolvidos na operação «Apito Dourado», levada a cabo esta terça-feira pela Polícia Judiciária. A maior investigação de sempre no futebol português.
Tudo porque o cargo de presidente do CA da Federação Portuguesa de Futebol, um organismo que goza do estatuto de utilidade pública, pode ser equiparado ao de funcionário público. Pinto de Sousa foi detido esta terça-feira de manhã e está indiciado por um crime de corrupção passiva, o que lhe pode custar uma pena até oito anos de prisão.
De acordo com o que Maisfutebol apurou, toda a investigação da PJ está centrada no Gondomar Sport Clube, a equipa que lidera a zona norte da II Divisão B, com quatro pontos de avanço sobre os «Dragões Sandinenses». As autoridades suspeitam não de um jogo em particular, mas sim de uma combinação que alegadamente teria sido feita no início da época, válida por toda a temporada 2003/04, com um objectivo.
Além do presidente da Liga, e também líder da Câmara de Gondomar, e do presidente do Conselho de Arbitragem, estão indiciadas mais 18 pessoas. Oito são árbitros, quatro membros do CA da FPF, os restantes dirigentes desportivos e elementos do município de Gondomar.
Alguns dos detidos estão indiciados por corrupção activa, outros, os árbitros, por corrupção passiva. Todos vão começar a responder esta quarta-feira de manhã, no tribunal de Gondomar.
Nessa altura saberão qual a medida de coação a que ficarão sujeitos. Nesta fase do processo só se pode falar de indícios, nunca de acusações.
Os crimes de corrupção passiva são punidos com penas até quatro anos, as de corrupção activa podem ir até aos cinco.
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