Entre os arguidos do processo estão Valentim Loureiro (ex-presidente da Liga de clubes e presidente da Câmara de Gondomar, indiciado de 28 crimes), Pinto de Sousa (ex-presidente do Conselho de Arbitragem da Federação, indiciado de 26 crimes), José Luís Oliveira (presidente da comissão administrativa do Gondomar e vice-presidente da Câmara de Gondomar, 47 crimes), bem como 12 árbitros ou ex-árbitros.
O processo no Tribunal de Instrução de Gondomar entrará em fase de inquirição de testemunhas, o que deve decorrer até 17 de Janeiro. Gilberto Madaíl, presidente da Federação Portuguesa de Futebol, será uma das testemunhas ouvidas, a pedido de Valentim Loureiro.
De acordo com a agência Lusa, que cita fonte ligada ao processo, os principais arguidos alegam a inconstitucionalidade da lei que enquadra a corrupção desportiva, uma corrente defendida por alguns juristas. A defesa de Valentim Loureiro e José Luís Oliveira requererá ainda a nulidade das escutas telefónicas, por alegada irregularidades na sua obtenção.
O caso Apito Dourado, que foi tornado público em Abril de 2004, quando houve várias detenções, teve acusação deduzida em Fevereiro deste ano. Além do processo que decorre em Gondomar foram extraídas 81 certidões relativos a factos correspondentes a outras comarcas. Alguns desses processos já foram arquivados, outros continuam em investigação.
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