«O arrastar da situação é preocupante para quem é ouvido e para o tribunal. Queria manifestar a minha solidariedade para com as pessoas que estão a sofrer (mães, esposas e filhos de quem cá se encontra). É um sofrimento contínuo que já vai no terceiro dia», afirmou Lourenço Pinto, citado pela Agência Lusa, quando já se tinha conhecimento que Valentim Loureiro tinha regressado às instalações da Polícia Judiciária (PJ), onde pernoitará, para ser ouvido na manhã desta sexta-feira pela juíza encarregue do processo.
O presidente da Liga e da Câmara Municipal de Gondomar e outras cinco pessoas detidas acabaram por não ser ouvidas esta quinta-feira, enquanto oitos dos 16 indiciados interrogados já deixaram as instalações da PJ e foram libertados sob medidas de coação de termo de identidade e residência, suspensão da actividade e proibição de contacto com demais indiciados. Os dois detidos interrogados esta quinta-feira, o presidente do Conselho de Arbitragem (CA) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Pinto de Sousa, e o vogal do CA da FPF, Francisco Costa, aguardam ainda o despacho do tribunal sobre o seu caso.
«Não assisti a nenhum interrogatório nem pergunto às outras pessoas quais os indícios ou factos deste processo, mas, pelo que me parece, penso que todas as pessoas vão sair em liberdade», afirmou Lourenço Pinto.
Salientando que «a PJ teve um papel e um comportamento exemplares», que «o Sr. Procurador [do Ministério Público] tem sido uma pessoa gentilíssima e feito o seu papel com dignidade» e que «a Sra. Juíza [Ana Cláudia Nogueira] tem feito um esforço titânico e de se louvar», o advogado espera um final do caso «Apito Dourado» com «todos a saírem com a consciência tranquila, isto é, as partes ouvidas e com sentimento de dever cumprido», pois, considerou Lourenço Pinto, «este processo já magoou muito as pessoas e a sua imagem».
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