Miguel Angel Angulo diz que chega ao Sporting com muita «ilusão». O jogador, que trocou o Valência por Alvalade no fecho do mercado, falou em exclusivo ao Maisfutebol na TVI24, mostrando um discurso ambicioso. Também falou de Paulo Bento e dos motivos para Quique Flores ter falhado na Luz.
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«Tinha ofertas de França, Inglaterra e também de Espanha, mas gostei mais da ideia de vir para Portugal. É muito parecido com Espanha, está mais perto e o Sporting é uma equipa importante, não só em Portugal mas também na Europa», afirma o espanhol, numa resposta interrompida pelo toque do seu telemóvel, que Angulo driblou com humor: «Há muito que não me faziam entrevistas...»
«Estou contente por estar numa equipa onde o treinador confia em mim. Isso é importante para um jogador», prossegue Angulo, que chegou a defrontar Paulo Bento como adversário, quando o agora treinador do Sporting jogava no Oviedo.
Angulo chuta para canto também a questão da sua idade. Depois de ter jogado pouco na última época, tem muita vontade de mostrar que ainda sabe: «Estou numa situação em que, sim, tenho 32 anos, mas tenho a ilusão e a vontade de trabalhar e ajudar o Sporting a jogar e a ganhar jogos.»
Na mesma linha, falou da relação entre veteranos como ele próprio e a juventude de vários jogadores do Sporting: «Os jovens têm mais ambição, os mais velhos têm vontade de continuar a ganhar. Esse equilíbrio entre juventude e experiência é muito bom numa equipa.»
E deixou uma primeira avaliação do grupo que encontrou em Alcochete: «Muita ambição. A equipa quer fazer um ano muito bom. São jogadores de grande qualidade.»
Quanto às expectativas para a época, o discurso é de optimsimo. «Há que ser ambicioso e ir além de ser terceiro ou quarto. Há que superar-se todos os anos. O Sporting pode estar ao mesmo nível que Benfica e F.C. Porto», analisou.
Depois, recordou Paulo Bento, como adversário. «Ele jogava no Oviedo, eu em Valência e era um miúdo de 19, 20 anos¿ Jogámos um contra o outro, há muitos anos», lembra, fazendo a ponte com o presente: «Conhecia-o como jogador, não como pessoa, deixou-me uma muito boa imagem. Era muito bom jogador e também é muito boa pessoa.»
Por fim, explicações para o insucesso de Quique Flores, seu antigo treinador no Valência, na passagem pela Luz. «Penso que a forma de trabalhar não foi a ideal. Talvez não tenha sabido adaptar-se à Liga portuguesa», admite.
[actualizado às 22:36]