Anders Andersson jogou no Benfica, no Belenenses e está agora em Dublin a comentar a final da Liga Europa para uma televisão da Suécia. O antigo médio, de 37 anos, falou ao Maisfutebol sobre aquilo que espera para o F.C. Porto-Sp. Braga e ainda abordou alguns episódios da sua passagem por Portugal.

«Foi fantástico o que o Sp. Braga fez na Europa. Fiquei surpreendido por ter eliminado o Benfica, mas ainda mais por ter ultrapassado Celtic, Sevilha, Dínamo Kiev e Liverpool», referiu Andersson que, ainda assim, não consegue deixar de considerar o F.C. Porto favorito.

Tudo AO MINUTO em Dublin

«São duas boas equipas, sólidas, que sabem o que querem, mas as individualidades do F.C. Porto são mais fortes. Creio que será esse factor a decidir a partida», sentenciou o ex-colega de Rolando no Belenenses. Isso mesmo, Andersson esteve na época 2004/05 com o defesa central dos dragões no Estádio do Restelo.

«Ele tinha 18 anos e estava a crescer. Era um pouco desarticulado, tinha problemas em controlar os movimentos do corpo. Nem parece o mesmo, tornou-se um excelente jogador», conta.

Andersson manteve-se no activo até 2008, até que uma grave lesão apressou a reforma. «Estava no Malmo e parti uma perna. Senti que era a hora de parar», desabafa o ex-internacional sueco, que não esquece por um minuto que seja os seus tempos em Lisboa.

Invasão portuguesa à capital irlandesa

«Fui feliz, adorei o Benfica e o Belenenses. O meu melhor jogo? Todos os que fiz no Estádio da Luz. A paixão dos portugueses pelo futebol é única. Ainda hoje, em Dublin, os portistas passavam por mim e reconheciam-me. Ninguém me chateou, falaram sempre com respeito. O pior? O jogo em que morreu o Miki Feher. Estava a 15 metros dele. Não gosto de falar disso.»

A finalizar, Anders Andersson falou um pouco sobre o compatriota Oscar Wendt, anunciado vezes sem conta como provável reforço do Sporting. «É bom jogador, bom lateral. Disciplinado, gosta de subir e é muito frio. Quando algum sueco me pergunta se deve ir para Portugal, eu digo sempre que sim.»