Liga: a análise à jornada 29

Começamos com um dado curioso: só uma equipa marcou mais de um golo nesta penúltima jornada da Liga. E logo a que ocupa o último lugar e contra o FC Porto.

A vitória do Olhanense sobre o FC Porto por 2-1 não foi apenas a maior surpresa da jornada 29. Foi, também, o jogo com mais golos numa jornada deveras pobre neste capítulo. Aliás, tão pobre que...foi a pior da Liga.

Ao todo marcaram-se apenas 12 golos em oito jogos, uma marca que supera o anterior recorde negativo, que datava da 19ª ronda, quando se tinha festejado apenas por 13 vezes.

Este foi o dado mais evidente de uma ronda jogada em ritmo de passeio em alguns jogos, já que apenas nas contas da manutenção este era um fim-de-semana a doer.

Ainda assim, destaque natural para o jogo da Luz, onde o campeão Benfica cedeu dois pontos frente ao V. Setúbal, em autêntico clima de festa. Não fosse a derrota portista em Olhão e o ambiente especial do encontro e seria, claro está, a nota de maior surpresa da ronda.

A nível de contas fechadas, a ronda 29 colocou um ponto final no sofrimento de Arouca e Gil Vicente que garantiram a continuidade entre os grandes. Curiosamente defrontaram-se, com vitória arouquense.

Os de Barcelos beneficiaram do empate do Paços de Ferreira em Vila do Conde para respirar de alívio. O Belenenses também empatou, no Estoril ( 1-1), mas como têm vantagem no confronto direto ainda podem ultrapassar os gilistas na tabela, mesmo que não tenham a manutenção assegurada.

De resto, o sexto lugar continuará em disputa na última jornada, com o Marítimo a partir na «pole position». Sp. Braga, que teve o posto na mão quase até ao fim antes de permitir o empate aos insulares, e V. Setúbal, fruto do empate na Luz, ainda podem lá chegar.

Por fim, numa ronda que começou com o empate do Sporting na Choupana, a Académica, que não saiu do nulo frente ao V. Guimarães, pode ainda chegar ao oitavo posto. Importante porque vale a entrada direta na fase de grupos da Taça da Liga do próximo ano.