Michelle Brito causou sensação em Wimbledon. O encontro entre a portuguesa e a italiana Francesca Schiavone atraiu centenas de espectadores, que encheram o court 12, e não defraudou as expectativas. Nem na emoção nem nos gritos de Michelle, o tema que já a tornou famosa no circuito mundial.
Depois da eliminação de Michelle, que vendeu cara a derrota, será Marion Bartoli a próxima adversária de Schiavone. E a francesa agradece. «O lado positivo é que não terei de ouvir a Brito gritar durante todo o encontro», afirmou Bartoli à imprensa francesa, contando que, na quarta-feira, do court onde jogava era possível ouvir Michelle.
«Do court nº 3 ouvíamo-la, quando estava no court 12. O público ria-se entre os nossos pontos, quando a ouvia. Isso desconcentrou-nos um pouco a ambas. É mesmo difícil ouvir aqueles gritos. Não sei como é que ela não fica afónica no fim dos jogos. Deve perder uma energia incrível ao gritar assim em cada bola. Mas adquiriu este hábito de gritar e vai ser difícil mudar», analisa Bartoli.
Quem saiu em defesa de Michelle foi Victoria Azarenka, também ela famosa pelo que se faz ouvir no court. «Acho que os gritos tornaram-se mais mediáticos desde o caso da Larcher de Brito, as pessoas ligam mais», afirma a tenista bielorrussa, que é treinada pelo português Antonio Van Grichen.
«As pessoas fazem o que quiserem, mas só espero que respeitem todas as jogadoras que gritam, que são 70 por cento do circuito. Faço isto há 10 anos, porque não era suficientemente forte e isso permitia-me acelerar mais e aplicar mais força na bola. Não consigo mudar, ajuda-me a jogar», explica Azarenka.