Com apenas dezassete anos, Alexandre Pato ameaça tornar-se a nova maravilha do futebol. O brasileiro foi vendido pelo Internacional ao Milan por 22 milhões de euros, já viajou para Itália e deixou os fãs próximos da histeria no aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre. Centenas de pessoas, a maior parte delas crianças, lotaram a zona comum do aeroporto e, aos choros e gritos, tornaram um calvário a passagem do jogador até à zona de embarque.
A histeria ajuda a perceber o fenómeno que é Pato, a nova coqueluche brasileira. Com apenas dezassete anos, o avançado teve uma ascensão meteórica. Apareceu em Dezembro de 2006, durante o Mundial de Clubes realizado no Japão, quando ajudou o Internacional a sagrar-se campeão mundial, diante do Barcelona, naquela que foi a terceira presença do jovem na formação principal do clube de Porto Alegre.
Do recorde de Pelé à volta por Milão com Maldini como cicerone
Antes disso, porém, já muito se esperava de Alexandre Pato. Sobretudo quando se soube que o jovem fazia treinos secretos e que renovara contrato uma semana antes da primeira presença na formação principal. Foi por isso uma estreia cheia de expectativas. Pato não desiludiu e da primeira vez que tocou na bola, marcou um golo. Isto perante o Palmeiras. Pouco depois, no segundo jogo como profissional, na meia-final do Mundial de Clubes, Pato fez o primeiro golo da vitória sobre o Ah-Ahly, tornando-se então o mais jovem jogador de sempre a marcar um golo numa competição oficial da FIFA, quebrando um recorde de Pelé que durava quase há cinquenta anos.
Em pouco mais de meio ano, portanto, Alexandro Pato saltou de uma adolescência anónima para o profissionalismo de um dos maiores clubes do Mundo. O Milan ganhou a corrida ao Real Madrid e ao Chelsea, esperando que a aposta seja ganha em breve. Não poderá, contudo, sê-lo antes de 3 de Janeiro de 2008, quando o mercado de Inverno abrir e o clube puder finalmente inscrever o jogador nessa altura já maior de idade. Para já, Pato vai realizar exames médicos e assinar contrato. Depois disso vai ser apresentado, com toda a pompa e circunstância, numa cerimónia que inclusivamente mete uma volta por Milão, com o capitão Paolo Maldini como cicerone.