Para quem gosta de lugares comuns, a Alemanha tem sido uma desilusão.

Não é nada uma equipa que faça da disciplina, da força e do sentido colectivo os seus pontos mais fortes.

Não quer dizer que a selecção germânica não exiba a necessária disciplina, sobretudo quando é preciso recuperar a bola. É evidente a boa forma física e, sim, funciona muito bem como equipa.

Mas o que impressiona mais nesta equipa de Loew é a capacidade para se adaptar às diferentes fases de um jogo e a qualidade técnica de alguns dos melhores jogadores que este Mundial terá. Estou a pensar em Thomas Muller, este domingo o melhor em campo frente à Inglaterra, mas sobretudo em Oezil, o médio que tudo transforma.

Forte a defender, inteligente no meio-campo, fantástica quando é tempo de atacar, a Alemanha explora sem piedade as fragilidades dos adversários. Admirável selecção, sem dúvida.