A figura: Éder

O ponta-de-lança academista foi felino na forma como apareceu nas costas de Polga a dar o melhor seguimento ao cruzamento de Diogo Valente: fez o quinto golo no campeonato. Depois de um início fulgurante, o luso-guinense atravessava um jejum de golos para o campeonato que se estendia desde 12 de Setembro, quando marcou frente ao Nacional. Pelo meio, só marcara no jogo da Taça de Portugal, frente ao Leixões. Para além do golo, teve um papel muito importante nas transições ofensivas, com pequenos, mas preciosos, quando foi preciso fazer correr a bola.

A desilusão: Wolfswinkel

Noite para esquecer do avançado holandês, melhor marcador da equipa verde-e-branca, que passou completamente ao lado do jogo. Mostrou-se muito perdulário naquilo em que costuma ser letal: a finalização. Logo no início da partida, recusou uma prenda de Natal antecipado, que lhe foi endereçada por Berger, num mau alívio que o deixou na cara de Peiser. E esse foi apenas o mote para um jogo em que perdeu inúmeras oportunidades, que tanto jeito teriam dado...

Outros destaques:

Peiser

É, quase sempre, dos melhores elementos da Briosa. A distinção, por isso, tem pouco de surpreendente. O francês teve responsabilidade directa no resultado, com várias defesas de bom nível, sobretudo a sair aos pés dos adversários, lesto a encurtar espaços. Mas também entre os postes brilhou a grande altura. Em suma, defendeu até onde pôde.

Capel

Parece correr com o peso da equipa nas costas. É o principal municiador do ataque sportinguista, mas, desta feita, os colegas não conseguiram ultrapassar a trincheira formada à frente da baliza de Peiser. O campeão europeu de sub-21 travou um interessante duelo com um vice-campeão do mundo de sub-20, que esteve sempre à altura do desafio, o que também terá contribuído para mudança de flanco, na segunda parte, pouco antes de ser substituído.

Cedric

O lateral direito emprestado pelo Sporting à Académica tinha uma óptima oportunidade neste jogo para se mostrar a Domingos, e a verdade é que a aproveitou bem. Teve um início de jogo contido, mas rapidamente se libertou do nervosismo aparente, para realizar mais um óptimo jogo. Apanhou pela frente com Capel, Carrillo e Ínsúa, e fez frente a todos, perdendo poucos duelos.

Carrillo

Com a entrada do peruano, o futebol leonino passou a carrilar mais pela direita, quase sempre na velocidade vertiginosa dos seus pés. Foi de mais um raide do jovem sul-americano, em que fez o que quis de Nivaldo, que resultou o golo do empate, que acabou por minorar os estragos da visita dos leões a Coimbra.

Abdoulaye

Na noite fria de Coimbra o senegalês foi uma pedra de gelo inquebrável. O jovem defesa senegalês regressado da CAN sub-23 joga sempre de forma prática e eficaz. Foi um autêntico repelente do perigo leonino, com cortes providenciais.