Godinho Lopes disse, horas antes do apito inicial, que este seria o jogo mais importante do ano para o Sporting, até por ser o último. Se era um teste, então não foi superado. Numa jornada em que era fundamental imitar os dois rivais da frente, o empate deixa a equipa de Domingos a seis pontos da liderança.

Os estudantes adiantaram-se com notável índice de eficácia, fizeram por justificar a vantagem na segunda parte, quando o Sporting se expôs ao risco, mas o leão puxou dos galões e teve uma ponta final de fôlego, porém insuficiente para ir além da igualdade. Depois, Elias foi expulso e não deu para mais.

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O jogo teve um início quase frenético, com Wolfswinkel a não conseguir aproveitar um erro tremendo de Berger logo a abrir, mas a Académica respondeu de imediato, graças a um tiro de meia-distância de Diogo Melo. A partida prometia, parecia solta e ameaçava com golos a qualquer instante. Não foi tanto assim.

Aos poucos, a Académica foi acertando as marcações, preenchendo os espaços, e o ritmo baixou, sempre com o Sporting a tentar penetrar na defesa da casa, sem sucesso. A Briosa também não conseguia estender o seu futebol mas, numa jogada bem conduzida pela esquerda, tudo se alterou.

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Diogo Valente calibrou o centro da perfeição e Éder, ao segundo poste, empurrou para a baliza. Eficácia extraordinária dos estudantes, que abriam o marcador ao segundo disparo, e, até final da primeira parte, haveriam de visar as redes apenas mais uma vez, num livre de Adrien que rasou a barra.

Tanto desperdício...

O Sporting procurou responder de imediato, mas Wolfswinkel continuava de pé frio. A cerimónia em frente à baliza de Peiser deu tempo ao francês de sair dos postes e pôr cobro a uma oportunidade verdadeiramente leonina. Mais tarde, o holandês e o colega Pereirinha voltaram a falhar. Inacreditável.

A baliza da Académica parecia, de repente, de um tamanho minúsculo para o goleador do país das tulipas quando, no início da segunda parte, voltou a encarar Peiser, desviando-lhe a bola de forma tão caprichosa que esta acabou por sair ao lado. Logo a seguir, Diogo Valente podia ter feito melhor. E Éder também.

Por esta altura, a Briosa, tal como acontecera no período inicial, voltava a equilibrar as operações, e, tal como o adversário, podia queixar-se da ineficácia no último terço do terreno. Carrillo, recém-entrado, bem se esforçava mas era mesmo a baliza de Rui Patrício que passava por aflição: Marinho quase fez o segundo.

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De desperdício em desperdício, Onyewu terá levado o prémio da noite, num lance sem guarda-redes entre os postes depois de Carrillo ter obrigado o guardião francês da Académica a fazer mais um voo. O volume atacante do Sporting crescia, com a multiplicação de unidades na zona de tiro. «Suspense» para os últimos minutos.

A onda leonina tantas vezes andou lá perto que, numa delas, Elias fez mesmo o empate. Peiser defendeu à primeira, mas nada pôde fazer quanto à recarga. Os adeptos acordavam e empurravam a equipa, que perseguia a reviravolta. Insúa caiu na área, em acção com Adrien, em lance duvidoso. Os nervos estavam à flor da pele.

O Sporting ainda ficaria reduzido a 10 jogadores quase a terminar, por expulsão de Elias, qual herói e vilão, obrigado a travar Éder, que fugia com perigo. Os seis minutos de compensação dados por Rui Costa deram para prolongar a dúvida quanto ao resultado, mas já faltavam forças ao leão.