A figura: Danilo Dias

Diabo à solta no relvado, sobretudo na primeira parte, abriu o marcador para os verde-rubros e continuou a semear o pânico na área estudantil. Posicionado na frente do ataque, como falso ponta-de-lança, mostrou uma mobilidade desconcertante, para a qual a defesa da casa raramente teve antídoto. A cair para as alas, usou e abusou da velocidade, com cruzamentos que nem sempre os colegas souberam aproveitar.

O momento: 1-3

Depois de uma ponta final de assalto à baliza de Salin, sobre o intervalo, coroada com o golo de Edinho, que encurtou a vantagem maritimista, parecia haver condições para os estudantes pudessem voltar à discussão do resultado. Os primeiros instantes pós-reatamento confirmaram o regresso afoito dos balneários, mas a manta esticou-se tanto no ataque que deixou os pés destapados. O golo de Sami foi como uma machada nas aspirações dos homens de Pedro Emanuel.

Outros destaques:

David Simão

Que diferença dos tempos em que vestia a camisola negra. Maduro taticamente, foi perfeito numa posição mais recuada do que aquela que costumava ocupar. Seguro no passe, a jogar e a assistir os companheiros, uma exibição de muitas estrelas.

Artur

O que se disse de David Simão serve na perfeição para o ex-Beira Mar. Gozou de uma liberdade semelhante à de Danilo Dias, sempre com a baliza de Ricardo em mente. Marcou o segundo dos insulares, aproveitando bem uma falha de Halliche, e deu um recital de bem jogar.

Edinho

Devolveu alguma esperança às hostes estudantis com o golo da ordem e assinou mais um par de boas iniciativas, com destaque para o jogo aéreo. Houve mais como ele e a Briosa não teria saído derrotada.

Marinho

O mais inconformado dos estudantes. Terá sido aquele que mais perto esteve do seu nível habitual, liderando inúmeras vezes o ataque dos capas negras. Sempre que acelerou causou dificuldades à defesa maritimista.