A saída de Dame NDoye para o Panathinaikos ainda dá que falar. Entre os vários temas abordados pelo presidente da Académica nesta segunda-feira, num briefing de quase duas horas com a Comunicação Social, a «fuga» do senegalês para a Grécia não podia deixar de figurar no cardápio.
José Eduardo Simões criticou implicitamente o empresário do jogador [Artur Fernandes], assim como outras pessoas que lhe eram próximas, pela forma como terão influenciado o processo. Em suma, a Académica reclama ter exercido uma opção, válida para as próximas duas épocas, que o atleta alega ser nula, razão pela qual se comprometeu com o emblema ateniense.
«A ingerência de gente que está a mais no futebol dificulta em muito a tarefa dos clubes. Penso que o jogador foi enganado, por mais de uma vez, por essa pessoa que, infelizmente, tem ascendência sobre ele. É um caso de Tribunal, do vice-presidente Luís Godinho, que accionou várias pessoas, e de justiça desportiva, já que a Académica recorreu à FPF, Liga e FIFA. Será um processo moroso. Lembram-se do Caso Antchouet? Já está resolvido? Não. Mas vamos fazer valer os nossos direitos. Fizemos aquilo que tínhamos de fazer. O outro clube [Panathinaikos] é que não se portou como devia.»
Em relação a este processo, refira-se que a FIFA já deu razão aos protestos da Briosa, que irá receber uma indemnização, calculada em função dos direitos de formação do jogador, dos ordenados que iria receber neste dois anos e, eventualmente, da sua valorização em termos de mercado.