«É o fim de sete ou oito anos de calvário para o Sporting». Foi desta forma que o presidente dos leões, Filipe Soares Franco, reagiu à aprovação por parte da Assembleia Municipal de Lisboa da permuta de terrenos que envolve, para além da autarquia, o clube de Alvalade e o Metropolitano de Lisboa. O dirigente promoveu esta quarta-feira, no estádio, antes do encontro com o Beira Mar, uma conferência de imprensa para abordar o tema.
Os clube encaixa para já uma verba que vai de 25 a 27,5 milhões de euros e que servirá, sobretudo, para amortizar parte do passivo. «Esse é um compromisso muito antigo que o Sporting tem com um banco financiador. A amortização deste passivo também vai dar lugar a uma poupança, que são os encargos financeiros inerentes a este mesmo empréstimo. Espero que, com este passo da Câmara e com a concretização do encaixe dos 25 milhões de euros, o Sporting possa, a partir de agora, e sobretudo depois de ter terminado toda a fase negocial da Câmara, que termina com a decisão do tribunal arbitral, passar para a segunda fase do projecto», adiantou.
Soares Franco explicou ainda que o Sporting amortizou nos últimos dois anos 45 milhões de euros de capital e levantou um pouco o véu sobre a segunda parte do projecto. «Vamos renegociar o passivo com as duas instituições financeiras. Essas negociações, que começámos há cerca de um ano, têm sido mantidas. Mas a condição necessária para se poder renegociar um passivo é esse passivo ser renegociável. Isto é, que a instituição tivesse condições de o poder liquidar.»
O objectivo a nível de futebol profissional é fazer depender quase exclusivamente da formação. «O Sporting, durante este ano civil, vai poder provar que tem um projecto francamente saudável, rentável e que poderá, a muito curto prazo, ter um projecto muito mais competitivo do que tem tido até hoje. O nosso futebol profissional terá como base a formação. Não queria deixar de lembrar que nos últimos dois anos saídos da formação e que já jogaram na equipa profissional de futebol estão 10 jogadores e destes atletas, até à data, só saiu um, que foi vendido, o Nani. Todos os outros estão lá e estão lá para fazer parte do nosso futuro. Estão lá porque têm uma margem de progressão enorme e é essa a nossa grande aposta. É nesse projecto que acreditamos», concluiu.